segunda-feira, 7 de setembro de 2009

E essa é a Valquíria...


Eu comecei a escrever este texto com vários sentimentos misturados: saudade, expectativas, carinho, amor e compreensão pelo próximo, mais saudade e um desejo enorme de trabalhar com a mesma equipe do A Caminho do Céu. Tudo bem que hoje estou sentimental e eufórica ao mesmo tempo, então... esse texto vai estar complexo (rs...) Atenção...Todos os momentos que serão descritos aqui, foram os que me marcaram. Todos, sem exceção, trabalharam e muito neste filme. Sorry se esqueci de alguém, tenho de verdade um leve problema na memória :x

Quando lembramos da longa caminhanda que fizemos para realizar este curta (ouvi na minha cabeça aquela música celta, toda feliz do Senhor dos Anéis ¬¬), continuando... a gente percebe que na verdade foi curta.

Poxa vida... parece que passou tudo tão rápido, os nossos (o meu com certeza) finais de semana que vieram não tinham sentido, porque...a gente não tinha que ir pra Ipigúa; não tinha que passar frio e medo na última cena; não tinha aquela hora pra ficar conversando enquanto os meninos montavam e desmontavam as luzes; não tinha que arrumar figurante pra andar até Mirassolândia de ônibus; não tinha que sair correndo para tentar pegar um fresnel que estava caindo no chão; não tinha que arrumar a peruca do Hunfrey e depois ver ele dançar Michael Jackson; não tinha o abraço apertado da Karen; não tinha as brincadeiras intermináveis do Cabelo comigo (ps. tirando isso ele trabalhou muitooo muito mesmo, até passou frio, tadinho); não tinha a Bia, extremamente concentrada na gravação de todas as cenas e que nem ficou brava; não tinha a Mayla e a Karol ali pra me ajudar em tudo o que fosse preciso, tirando o ciúme da Karol quando só ia eu e a Mayla buscar alguma coisa pra cena; não tinha o Daval, com toda aquela serenidade, que arrumar o lenço no paletó do Hunfrey; não tinha a dupla mais do que perfeita Leandro e Macaco pra rir de qualquer coisa (sem falar do profissionalismo dos dois... eles são como goiabada com queijo, arroz com feijão, pipoca com cinema); não tinha a Gianda pra fazer a continuidade embaixo daquele super sol e ainda tirar fotos; não tinha a completa transformação da Carla em beata e sua incrível atuação; não tinha o Rafa com seus comentários incríveis e feitos na hora certa e o Rafa com suas ideias macabras e aquela paciência exclusiva; não tinha a Flavinha lá no cachorro quente, perto do hotel, onde eu realmente vi que mulher forte ela era, não tinha o Bordon com sua nova filha, sua baby camêra, filmando tudo e mais um pouco; não tinha o fofo do Valmir sempre prestativo e que me ajudava a pegar as folhas para enfeiar a praça; não tinha o Franklin todo preocupado em estar presente nas gravações e que quando gravou fez tudo certinho; não tinha o Ney que através de um simples papel transformou toda a cena; não tinha o Carlinhos pra carregar o travelling junto com os meninos e claro, não perder a piada; não tinha o Emerson, embora quieto, sempre estava lá ajudando os meninos; não tinha a Mona toda estilosa pra rir gostoso com a gente e fazer o make-up da Karen; não tinha a Paty toda calma e tranquila, sempre pronta pra te dar um sorriso (de graça); não tinha o casal Rene e Ermínia, ou melhor, o casal experiência misturado com felicidade; não tinha os grandes filhos de nossa grande diretora Bia, o Raul e a Maria Clara, que a gente também pode chamar de anjos ajudantes; não tinha mais e-mails com as fotos lindas do Helinho; e finalmente, porém não menos importante, não tinha a presença do Fernando com aquela cara de bravo, mas que me deu dinheiro pra comprar bis pra todo mundo comer como sobremesa depois do almoço. Aaa... e agora não tem mais aqueles e-mails diários de toda a equipe se comunicando.

Tudo bem... aos poucos eu vou aprendendo a não conviver com tudo isso, e aguardo, ansiosamente que a gente se reencontre. A mesma equipe, a equipe do curta-metragem "A Caminho do Céu". Uhulllllll... acabou... pronto, parei =D
Valquíria Menezes
Produtora / Diretora de Platô

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