quinta-feira, 11 de junho de 2009

As últimas


Devo ter perdido boa parte dos leitores depois desse prolongado sumiço. Fazer o que, não é mesmo? Não se pode ter tudo nessa vida... Hoje teremos um post longo, há muita coisa para ser dita.
O negócio é que coisas estão caminhando. Semana passada aconteceu o 4º Fórum de Jornalismo da Unilago e, na noite em que foram entrevistados vários colunistas sociais da cidade, ganhamos uma página no jornal Bom Dia. Quem teve a brilhante iniciativa de escrever um bilhetinho e enviar aos participantes da noite foi uma das produtoras do filme, a Karol. Imediatamente, o Beck (colunista do Bom Dia) prontificou-se a nos ajudar com essa entrevista, que será publicada no próximo domingo.

Pegando esse gancho, devo confessar que prefiro entrevistar a ser entrevistada. Como é difícil dar entrevista! Que medo de parecer ridícula!!! Engraçado que não tenho o menor receio de escrever aqui ou mostrar meus textos (sejam eles bons ou ruins), mas responder perguntas prontas, ter que “parecer” inteligente para não derrubar a credibilidade do filme... afffffffffffff (com todos os efes possíveis!)... Que medo! Afinal não sou só eu ali na entrevista: é o filme, a equipe, todo um projeto. Seja o que Deus quiser!
Mas até o final disso tudo já estarei mais treinada, espero. Até agora foram uma entrevista para a rádio Líder, uma para o programa “Opinião Cidade”, uma para o Diário da Região, uma para o “Bom Dia” e uma para o blog “A Fazenda”. É, a Grazy está trabalhando bem, não acham?
O pior de tudo ainda não contei. Quem me conhece um pouquinho mais, sabe do meu pânico em ser fotografada. Vai ver que tenho algum distúrbio, sei lá. Daqueles que a pessoa não se reconhece no espelho ou em fotos. O fato é que minhas mãos suam, meu corpo treme, não consigo parar de rir... Melhor nem comentar o resto. Precisei da ajuda da Grazy para fazer as fotos que sairão no Bom Dia de domingo. Que Deus me ajude!

A Unilago promove, no próximo dia 25 de Junho, sua tradicional festa junina. Como não poderia deixar de ser, lá fui eu mendigar uma barraca para arrecadar dinheiro para o filme. E consegui! Venderemos uma iguaria deliciosa: escondidinho. Para quem não conhece, é um prato feito à base de purê de mandioca e carne-seca. Fantastique!
A nossa rifa está indo de vento em popa! Aqui em casa, coloquei toda a família para vender...rsrsrs... Coitados...

Agora o mais importante: os trabalhos técnicos de “A Caminho do Céu”. Tivemos uma reunião super produtiva semana passada. A equipe do figurino, Flavia, Manuella e Valmir, apresentaram suas idéias. Fiquei muito feliz com o resultado e as decisões que tomamos vão enriquecer muito nosso trabalho. Eles buscaram os fundamentos da semiótica e aplicaram no conceito das roupas que pretendemos vestir os personagens. Sabe aquela velha história que todo mundo se pergunta quando estuda filmes, textos, músicas: será que o autor pensou para fazer isso? Olha, nessa altura do campeonato já dá para dizer que tudo é meticulosamente pensado. Existem gênios, é claro. E esses até devem fazer as coisas intuitivamente. Não sei se somos gênios. Para não arriscar, estamos estudando tudinho.

O Leandro deu uma boa adiantada no roteiro técnico. Depois vamos nos reunir para acertar as arestas.

A equipe do Daval (direção de arte) e as produtoras Valquiria e Mayla, visitaram o hotel São Paulo mais uma vez e definiram uma série de coisas importantes por lá. Móveis, objetos de cena, o que vamos precisar, o que o hotel pode emprestar, etc, etc. Até já agendamos um dia para filmar. Me dá um frio na barriga... Quando tudo estiver certinho, eu informo o início das filmagens. Mas já está pertinho, pertinho...

Fazer esse filme tem sido um excelente exercício para mim. Não só o desenvolvimento como roteirista, diretora, enfim, a parte artística da coisa. Estou aprendendo a delegar. Não se pode fazer um trabalho desse porte sozinho, não se a gente quiser que fique realmente bom. Eu sempre fui monopolizadora e tive medo, no início, de estressar por qualquer coisa. Acho que isso se deve a ter trabalhado com pessoas que não eram passíveis de confiança, seja por incompetência ou por fazer corpo mole. Tenho que erguer as mãos aos céus todo dia para agradecer, pois esse não é o caso da equipe do filme. Daí, algumas pessoas me cobram por não terem sido convidadas a fazer parte desse projeto. Não é que sejam pessoas incapazes, mas talvez eu não tenha enxergado nelas a capacidade específica que era necessária. E, como seres humanos que somos, não conseguimos ser bons em tudo. Com certeza, essas pessoas têm dons que eu nem imagino e vão sobressair-se em outros projetos.

Como nem tudo é trabalho nessa vida, domingo faremos um churrasco de confraternização. Durante a semana eu conto como foi tudo e coloco umas fotos da galera.

Beijos a todos!

Bia

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